O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não poupou palavras ao criticar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em declarações contundentes, Pacheco afirmou que o grupo político de Bolsonaro "não propõe nada de relevante e útil".
As críticas surgiram após Pacheco participar de um evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Minas Gerais. Durante o evento, o senador se posicionou contra a anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o que gerou forte reação por parte de figuras ligadas ao bolsonarismo.
"Convivo com este tom agressivo da extrema direita desde antes de ser presidente do Senado", declarou Pacheco à CNN Brasil. "Nunca abaixei a cabeça para esse grupo, que só faz gritar e agredir. Não propõe nada de relevante e útil", completou.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) respondeu às declarações de Pacheco, classificando seu discurso como "aloprado". Já o deputado federal Giovani Cherini (PL-RS) acusou o ex-presidente do Senado de estar "bajulando Lula".
Pacheco, por sua vez, defendeu sua postura, afirmando que se tratava de uma "defesa da democracia" e de um repúdio à tentativa de golpe. "Entendo que essa postura deveria ser obrigação de todos, esquerda, centro e direita", disse.
Lula Aposta em Pacheco em Minas Gerais
A aproximação entre Lula e Pacheco em Minas Gerais tem sido notória. Lula já participou de diversas agendas no estado com o senador, demonstrando seu apoio a uma possível candidatura de Pacheco ao governo estadual em 2026. A estratégia de Lula visa fortalecer seu palanque em Minas Gerais, onde a oposição lidera as pesquisas.
Repercussão e Cenário Político
As declarações de Pacheco e a reação dos bolsonaristas evidenciam a polarização política que ainda marca o cenário brasileiro. A disputa por espaço e influência em Minas Gerais, um estado-chave para as eleições de 2026, promete ser acirrada.