Em um momento crucial para a geopolítica global, o Presidente Lula uniu forças com os líderes do Chile, Espanha, Uruguai e Colômbia para divulgar uma carta conjunta em defesa da democracia. A iniciativa, que antecede a Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre” no Chile, reafirma o compromisso dos países com as instituições democráticas, os direitos fundamentais e o multilateralismo.
Desafios à Democracia
Assinada por Lula, Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Yamandú Orsi (Uruguai) e Gustavo Petro (Colômbia), a carta reconhece que a democracia enfrenta “grandes desafios”, incluindo a erosão institucional, o avanço de discursos autoritários, a desinformação e a crescente desconfiança dos cidadãos no Estado.
“Não basta evocar a democracia nem falar em seu nome: devemos fortalecê-la, renová-la e torná-la significativa para aqueles que sentem suas promessas não cumpridas”, enfatizam os líderes, demonstrando uma visão pragmática e focada em resultados concretos para a população.
A Lei do Mais Forte Não Pode Prevalecer
A Ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ecoou o sentimento em suas redes sociais, afirmando que “sem democracia, o que prevalece é a lei do mais forte, a desigualdade e a injustiça”. Sua declaração ressalta a urgência em proteger a democracia de ataques da extrema-direita, que busca minar as bases da igualdade e da justiça social.
A divulgação da carta ocorre em um contexto de tensões diplomáticas crescentes, especialmente entre o Brasil e os Estados Unidos. Medidas recentes tomadas pelo governo norte-americano, como a revogação de vistos de ministros do STF, foram interpretadas como uma afronta à soberania brasileira e uma tentativa de intimidação. Embora a carta não mencione diretamente o episódio, o documento reforça a coesão entre os países signatários em defesa de seus princípios democráticos.
- Fortalecimento das instituições democráticas
- Combate à desinformação e discursos autoritários
- Promoção do multilateralismo e da cooperação internacional
A reunião em Santiago, que contará com a presença dos presidentes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, visa discutir estratégias para fortalecer as instituições democráticas e enfrentar os desafios contemporâneos. A defesa da democracia se torna, assim, um pilar fundamental para a estabilidade e o progresso na América Latina e no mundo.