Curitiba Branca! Relembre a Neve Histórica de 1975 e o Que Diz o Simepar

Há 50 anos, Curitiba testemunhou um evento climático raro e inesquecível: a neve. Em 16 de julho de 1975, uma combinação de fatores atmosféricos transformou a paisagem da capital paranaense, marcando a memória de seus habitantes.

A Neve em Curitiba: Um Dia Histórico

No dia 17 de julho de 1975, Curitiba acordou sob um chuvisco que logo se transformou em neve e chuva congelada. A partir das 8h, o fenômeno se intensificou, com temperaturas próximas a 0°C e visibilidade reduzida. Entre 13h e 15h, a neve atingiu seu ápice, proporcionando um espetáculo único para os curitibanos.

A população celebrou o momento, construindo bonecos de neve e registrando o evento em fotografias. A alegria, no entanto, contrastava com o trágico evento que ocorreria no dia seguinte.

A Geada Negra e o Agronegócio Paranaense

Em 18 de julho de 1975, a mesma massa de ar polar responsável pela neve causou um dos maiores desastres no agronegócio paranaense. Rajadas de vento intensas e temperaturas extremamente baixas congelaram a seiva das plantas no norte do Paraná, resultando em uma geada negra que dizimou cafezais inteiros.

A Explicação do Simepar

Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), a formação de neve requer uma combinação precisa de fatores atmosféricos. É necessário que, desde a superfície terrestre até 3000 metros de altura, as temperaturas do ar estejam abaixo de 0°C e haja a presença de ar úmido para promover a sublimação do vapor d’água em cristais de gelo.

“Quando esta camada se encontra fria e saturada de umidade como descrito acima, a possibilidade de formação do fenômeno é elevada, com mais ênfase em situações de transporte de umidade com bandas de precipitação”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.

O processo de formação dos flocos de neve ocorre dentro das nuvens, onde os cristais de gelo crescem através da sublimação, transformando o vapor d'água diretamente em gelo.

Relembrar este evento histórico nos permite entender a complexidade dos fenômenos climáticos e a importância do monitoramento ambiental para a previsão e mitigação de seus impactos.

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