O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), está no centro de uma polêmica após denúncias de contratações irregulares em seu gabinete. Reportagens recentes revelaram a existência de funcionários fantasmas e o emprego de parentes dessas pessoas, levantando questões sobre a gestão de recursos públicos e a ética no exercício do cargo.
Demissões e Acusações
Após a divulgação das denúncias, Hugo Motta agiu rapidamente e demitiu duas funcionárias suspeitas de serem “fantasmas”. Gabriela Pagidis, fisioterapeuta, e Monique Magno, assistente social, foram exoneradas após serem flagradas exercendo outras funções enquanto recebiam salários da Câmara dos Deputados. A fisioterapeuta, por exemplo, atendia em clínicas enquanto recebia R$ 11,4 mil. A Folha de São Paulo revelou que três servidoras acumulavam cargo com outras ocupações.
Parentes na Folha de Pagamento
Além das funcionárias fantasmas, a investigação apurou que cinco parentes dessas servidoras também constaram na folha de pagamento do gabinete de Motta nos últimos anos. Essa prática, embora não seja necessariamente ilegal segundo as regras do Legislativo (exceto se forem familiares do próprio deputado), levanta questionamentos sobre nepotismo e favorecimento.
Em sua defesa, Hugo Motta afirmou que preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo aqueles que atuam de forma remota. No entanto, as denúncias e as demissões lançam uma sombra sobre sua gestão e a necessidade de maior transparência e fiscalização no uso de recursos públicos.
O caso continua em desenvolvimento, e a população aguarda por mais informações e possíveis desdobramentos.