A cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro, que ocorreu nos dias 6 e 7 de julho, agitou o cenário político e econômico. Apesar de algumas ausências notáveis, como a participação remota de Vladimir Putin e a ausência inédita de Xi Jinping, o evento rendeu discussões importantes e uma proposta ousada por parte da prefeitura do Rio.
Rio Quer Ser a Capital Permanente dos BRICS
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, formalizou o pedido para que a cidade se torne a sede permanente do bloco. A proposta inclui a oferta do imponente edifício do Jockey Club Brasileiro, um espaço de 83,5 mil metros quadrados projetado pelo renomado arquiteto Lúcio Costa.
Segundo a prefeitura, a iniciativa trará inúmeros benefícios para a cidade, como o aumento da visibilidade internacional, o fortalecimento da imagem global, a geração de empregos e o estímulo a visitas e investimentos estrangeiros. Paes afirmou que o Rio está pronto para receber os representantes dos países-membros e oferecer a infraestrutura necessária para o avanço das discussões do grupo.
O Que Significa Essa Proposta?
A escolha do Rio de Janeiro como sede permanente dos BRICS representaria um marco histórico para o bloco, que ainda não possui uma sede oficial desde sua formação em 2009. A cidade se tornaria um centro de referência para as discussões e decisões do grupo, que representa 46% da população mundial e 37% do PIB global. A cúpula deste ano, que reuniu autoridades de 36 países e cerca de 4 mil participantes, demonstrou o potencial do Rio para sediar eventos de grande porte.
Lula reafirmou a importância dos BRICS como uma nova forma de fazer política, buscando um desenvolvimento mais equitativo e promovendo a cooperação entre os países-membros. Resta saber se a proposta do Rio será aceita e qual será o futuro do bloco.
Os BRICS são formados por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.