A Polícia Militar de São Paulo intensificou o monitoramento de corredores, terminais e garagens de ônibus em todo o estado após uma série alarmante de ataques que resultaram na depredação de cerca de 200 veículos em menos de um mês na capital. A operação, iniciada hoje, visa conter a escalada de violência e garantir a segurança dos passageiros e trabalhadores do transporte público.
Operação Escudo: Reforço Policial nas Ruas
Após o registro de 35 ônibus danificados apenas na capital paulista, a PMESP realizou um mapeamento das áreas mais afetadas pelos atos de vandalismo. Essas regiões receberão patrulhamento reforçado e pontos de bloqueio no trânsito serão implementados em locais estratégicos para identificar possíveis vândalos.
Efetivo Reforçado
De acordo com o coronel Lucena, da PMESP, a operação mobilizou 3,6 mil viaturas e mais de 7 mil policiais em todo o estado. O objetivo é dissuadir novos ataques e prender os responsáveis pelos atos de vandalismo.
Divergência nos Números e Investigações
A Polícia Civil trabalha com o número de 180 coletivos depredados, enquanto a SPTrans reporta 235. A diferença se deve ao fato de que nem todos os casos de vandalismo são registrados em boletim de ocorrência. "A Polícia Civil só pode atuar em eventos em que boletins de ocorrência foram registrados", explicou o delegado Fernando Santiago, do Deic.
Hipóteses Investigadas
A princípio, a polícia descartou o envolvimento do crime organizado nos ataques. "Esses ataques não revelaram, por ora, um propósito específico e reivindicações claras, que é o que facções criminosas costumam fazer. Trabalhamos com outras hipóteses, como a questão de desafios na internet", afirmou o delegado Ronaldo Sayeg.
Uma das linhas de investigação aponta para a participação de adolescentes em alguns dos ataques, possivelmente motivados por desafios online. No entanto, a Polícia Civil continua investigando outras possibilidades para identificar os responsáveis e as motivações por trás dos atos de vandalismo.