A estratégia de Jair Bolsonaro de privilegiar seus filhos em candidaturas ao Congresso está gerando forte reação em Santa Catarina, estado onde obteve expressiva votação em 2022. Inelegível até 2030, Bolsonaro busca garantir a continuidade política da família, concentrando esforços nas eleições de 2026.
Filho ao Senado Causa Tumulto
A imposição da candidatura de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro há 24 anos, ao Senado por Santa Catarina, gerou revolta entre aliados. A deputada federal Carolina Di Toni, que almejava a vaga, foi preterida, causando protestos e rachaduras na base eleitoral. A decisão de Bolsonaro de também indicar seu outro filho, Jair Renan, para deputado federal, acirrou ainda mais os ânimos.
Rejeição na Base Bolsonarista
Lideranças do PL (Partido Liberal) alertam que a candidatura de Carlos Bolsonaro pode colocar em risco a vaga no Senado. Pesquisas internas revelam que a base bolsonarista em Santa Catarina não recebeu bem a notícia, considerando que o estado já é um reduto conservador e que a candidatura de Carlos representaria uma “zona de conforto”, o que não agrada o eleitorado.
- Protestos: Adversários políticos criticam a imposição familiar, questionando se o projeto visa o bem do estado ou apenas da família Bolsonaro.
- Divisão: A estratégia de Bolsonaro rachou a base eleitoral em Santa Catarina, onde obteve sete em cada dez votos válidos em 2022.
- Plano B de Carlos: Em caso de derrota, Carlos Bolsonaro planeja deixar o Brasil, segundo informações de aliados.
A situação levanta dúvidas sobre o futuro da estratégia de Bolsonaro e a possibilidade de ele reconsiderar a candidatura de Carlos ao Senado por Santa Catarina, buscando outro estado para o filho.