A morte trágica da brasileira Juliana Marins no vulcão Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou novos contornos com as declarações do pai da vítima, Manoel Marins. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, o pai acusou o guia responsável pelo grupo de negligência, alegando que ele deixou Juliana sozinha para fumar, momento em que ela sofreu a queda fatal.
O Relato do Pai: Negligência e Falta de Amparo
Segundo Manoel Marins, o guia admitiu ter deixado Juliana sentada, alegando que ela estava cansada, e se afastou por um período de 5 a 10 minutos para fumar. Ao retornar, a jovem não estava mais no local. O pai questiona a atitude do guia, ressaltando que a falta de acompanhamento adequado contribuiu para a tragédia.
Ainda de acordo com o relato do pai, após a queda, Juliana permaneceu comunicável por algumas horas, sendo possível avistar a luz de seu capacete. No entanto, a equipe de resgate enfrentou dificuldades e não conseguiu resgatá-la a tempo. Manoel Marins critica a falta de organização do parque e a demora do coordenador em acionar a Defesa Civil da Indonésia, fatores que, segundo ele, agravaram a situação.
"Os culpados, no meu entendimento, são o Guia, que deixou Juliana sozinha para fumar, 40 ou 50 minutos, tirou os olhos dela. A empresa que vende os passeios, porque esses passeios são vendidos em banquinha como sendo trilhas fáceis de fazer. Mas o primeiro culpado, que eu considero o culpado maior, é o coordenador do Parque. Ele demorou a acionar a Defesa Civil", declarou o pai.
Descaso no Traslado do Corpo
Além da dor pela perda, a família de Juliana Marins enfrentou outro obstáculo: o descaso da companhia aérea Emirates no traslado do corpo da jovem para o Brasil. Através das redes sociais, a família denunciou a dificuldade em confirmar o voo de Bali para o Rio de Janeiro, alegando que a empresa aérea apresentou diversas desculpas para não realizar o transporte.
"É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana para casa!", publicou a família no Instagram.
Após a repercussão do caso, a Emirates informou que estava apurando a situação. A família espera que o corpo de Juliana seja trazido o mais rápido possível para o Brasil, para que possam realizar o velório e sepultamento.
O Acidente no Monte Rinjani
Juliana Marins estava realizando uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão localizado na ilha de Lombok, na Indonésia, quando caiu em um penhasco no dia 21 de Junho. As equipes de resgate iniciaram as buscas imediatamente, mas a localização da vítima era dificultada pela geografia do local. Durante os dias de busca, a família acompanhou a operação com apreensão e angústia, até a confirmação da morte na terça-feira (24).
O que fazer em casos de acidentes em trilhas?
- Mantenha a calma e avalie a situação.
- Sinalize o local do acidente para evitar outros acidentes.
- Acione o serviço de emergência local.
- Preste os primeiros socorros à vítima, se souber como fazê-lo.
- Mantenha a vítima aquecida e confortável.
- Aguarde a chegada do resgate.
Prevenção de acidentes em trilhas:
- Escolha trilhas adequadas ao seu nível de experiência.
- Informe-se sobre as condições climáticas e os perigos da trilha.
- Leve um guia experiente, se necessário.
- Utilize equipamentos de segurança adequados.
- Leve água e comida suficientes.
- Mantenha-se no caminho sinalizado.
- Não se afaste do grupo.
- Esteja atento ao seu entorno.
Conclusão
A morte de Juliana Marins serve como um alerta para a importância da segurança em atividades de ecoturismo. É fundamental que as empresas responsáveis pelos passeios ofereçam guias qualificados e que os turistas sigam as orientações de segurança para evitar acidentes. A negligência, seja por parte dos guias ou das empresas, pode ter consequências trágicas.