O Primeiro Comando da Capital (PCC) expandiu sua influência para além das fronteiras brasileiras, estabelecendo-se em pelo menos 28 países. A facção criminosa, conhecida por sua forte organização e disciplina, infiltrou-se em presídios estrangeiros com o objetivo de recrutar novos membros e impulsionar seus negócios ilícitos de tráfico de drogas, armas e lavagem de dinheiro.
As informações, obtidas através de um mapeamento detalhado do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), revelam uma expansão preocupante e estruturada do PCC em escala global. O relatório tem sido compartilhado com embaixadas e consulados de diversos países, visando fortalecer a cooperação internacional no combate a crimes transnacionais.
Infiltração em Presídios Estrangeiros: Marca Registrada do PCC
O que chama a atenção das autoridades é a estratégia do PCC de não apenas realizar operações pontuais no exterior, mas de buscar estabelecer residência fixa em outros países, com foco especial na infiltração em sistemas prisionais. Essa tática, considerada uma “marca registrada” da facção, permite a disseminação de sua ideologia e a captação de novos integrantes.
“O maior perigo do PCC é a sua origem prisional, onde eles têm poder de organização e de ideologia, uma disciplina muito rígida e que se dissemina muito fácil no sistema prisional”, alerta o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, especialista no combate à facção. Segundo ele, o PCC também está aprendendo com grupos criminosos europeus, como os italianos, aprimorando suas técnicas de distribuição de drogas e movimentação de dinheiro.
Expansão Estratégica e Recrutamento Global
O levantamento do MP-SP aponta que o PCC segue um modelo de expansão bem definido. Inicialmente, a facção realiza operações pontuais para negócios. Em seguida, ao decidir estabelecer residência fixa em um país, o PCC passa a estruturar o recrutamento, o “batismo” de novos membros e a formação de uma rede de controle, especialmente dentro dos presídios. Essa expansão constante representa um desafio crescente para as autoridades internacionais no combate ao crime organizado transnacional.
- Presença em 28 Países: Expansão geográfica significativa.
- Infiltração em Presídios: Recrutamento e controle de dentro das prisões.
- Aprimoramento de Técnicas: Aprendizado com criminosos europeus.
- Cooperação Internacional: Busca por parcerias para combater a facção.
A intensificação do combate ao crime organizado transnacional e a cooperação entre as autoridades brasileiras e estrangeiras são cruciais para conter a expansão do PCC e desmantelar suas operações em escala global.