Um crime passional abalou a cidade de Arapiraca, Alagoas, neste domingo (16). A médica Nádia Tamires foi presa sob a acusação de assassinar seu ex-marido, o também médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, de 38 anos. O crime ocorreu em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Sítio Capim, na zona rural da cidade.
De acordo com relatos da Polícia Militar e de testemunhas, Nádia teria confrontado Alan, alegando que ele havia descumprido uma medida protetiva. Uma testemunha relatou que a acusada teria dito: “Você quebrou a medida protetiva, vou te matar”. Alan tentou fugir, mas foi atingido e não resistiu aos ferimentos.
Ainda segundo a polícia, Nádia teria ameaçado a testemunha antes de fugir do local. Investigações preliminares apontam que o crime pode estar relacionado a uma disputa judicial pela guarda da filha do casal. Recentemente, Alan havia obtido o direito de visitar a filha uma vez por semana, o que teria gerado revolta em Nádia.
O Conselho Tutelar confirmou que a criança está sob os cuidados da avó materna e em segurança. A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) prendeu Nádia Tamires ainda no domingo. Ela será interrogada pelo delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) em Maceió, e o caso segue sob investigação para apurar todos os detalhes e motivações do crime.
Disputa Judicial e Medida Protetiva
A complexa relação entre o casal, marcada por disputas judiciais e a existência de uma medida protetiva, levanta questões sobre a escalada da violência e a necessidade de acompanhamento psicológico e social em casos de separação litigiosa. A tragédia serve como um alerta para a importância de se buscar ajuda profissional e de se respeitar as decisões judiciais, visando a proteção de todos os envolvidos, especialmente da criança.
Investigações em Andamento
A Polícia Civil continua a investigar o caso, buscando esclarecer todos os detalhes do crime e as motivações da acusada. A sociedade aguarda o desfecho das investigações e a responsabilização da autora do homicídio. Este caso trágico serve como um doloroso lembrete da importância do respeito, da comunicação e da busca por soluções pacíficas em situações de conflito.