A Coreia do Norte intensificou a tensão na península coreana ao realizar um novo teste de míssil balístico nesta sexta-feira (7). Segundo informações da Coreia do Sul e do Japão, o míssil foi lançado de uma área próxima à fronteira com a China e disparado em direção ao mar a leste.
O exército sul-coreano informou que o projétil, possivelmente um míssil de curto alcance, percorreu cerca de 700 quilômetros. Os sistemas de monitoramento da Coreia do Sul e dos Estados Unidos rastrearam o míssil durante o voo e compartilharam os dados com as autoridades japonesas.
A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, declarou que o míssil provavelmente caiu fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do país e que não há relatos de danos em território japonês.
Ameaças e Retaliações
Em resposta à chegada do porta-aviões americano George Washington à Coreia do Sul e à visita de autoridades americanas e sul-coreanas à fronteira, o ministro da Defesa da Coreia do Norte, No Kwang Chol, ameaçou tomar "medidas mais ofensivas".
Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, o ministro alegou que os militares americanos têm intensificado as ações militares para ameaçar a segurança da Coreia do Norte e aumentar a tensão na região. "Mostraremos medidas mais ofensivas contra a ameaça inimiga, com base no princípio de garantir a segurança e defender a paz por meio de nossa força poderosa", afirmou No.
O Contexto da Crise
O lançamento do míssil e as ameaças da Coreia do Norte ocorrem em um momento de crescente tensão na região. A chegada do porta-aviões nuclear George Washington a Busan, na Coreia do Sul, para reabastecimento e descanso da tripulação, e a visita do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, à Zona Desmilitarizada, foram vistos como provocações por Pyongyang.
A situação é complexa e exige atenção da comunidade internacional para evitar uma escalada ainda maior do conflito.