Cuba enfrenta um novo e severo apagão desde a última quarta-feira, o segundo de grande escala este ano, afetando drasticamente a vida da população, especialmente na capital, Havana. Apesar dos esforços das autoridades em comunicar um lento retorno à normalidade, relatos de mídias independentes indicam que a energia retorna de forma esporádica, principalmente durante o dia, com novas quedas nos horários de pico de consumo.
Causas e Consequências do Apagão
Segundo informações oficiais, a interrupção no fornecimento de energia, que afeta os 10 milhões de habitantes da ilha, teve início na quarta-feira, pouco após as 9h (horário local), e foi atribuída a uma falha em uma das maiores usinas termelétricas do país, conforme o Ministério de Energia e Minas. O serviço de energia foi afetado durante 24 horas na quinta-feira e persistiu pela madrugada. A previsão é de um déficit de 1440 MW durante o horário de pico, com uma disponibilidade de 1910 MW contra uma demanda de 3350 MW.
Impacto na Vida Cotidiana
O apagão tem impactos significativos na vida dos cubanos. Escolas estão fechadas há dias, policlínicas operam com capacidade reduzida e idosos evitam sair de casa devido à dificuldade de usar escadas em edifícios altos. A falta d'água também é um problema, causada pela falta de energia ou combustível para acionar as bombas.
Restabelecimento e Desafios Futuros
O Sistema Elétrico Nacional (SEN) foi restabelecido, porém, uma investigação está em andamento para apurar as causas do desligamento da usina termelétrica Antonio Guiteras, que desencadeou o blecaute. O ministro de Energia e Mineração, Vicente de la O Levy, alertou que o risco de novas quedas de energia persiste devido à fragilidade do sistema.
Superando as Dificuldades
A expertise dos trabalhadores do setor, somada ao apoio logístico e de transporte de diversas partes interessadas, permitiu o restabelecimento do SEN em pouco mais de 28 horas. Esse processo seguiu rigorosos protocolos e procedimentos de restauração, baseados na análise das condições das redes e unidades disponíveis.
A crise de fornecimento de energia em Cuba se agravou nos últimos anos, em parte devido às sanções dos EUA, que dificultam a manutenção do sistema e a aquisição de recursos.