Um incêndio de grandes proporções deflagrou em um antigo aterro sanitário no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, na tarde da última quarta-feira (30). As chamas, que geraram uma densa coluna de fumaça visível a quilômetros de distância, mobilizaram diversas equipes do Corpo de Bombeiros.
O foco principal dos bombeiros foi impedir que o fogo se alastrasse para as residências da Comunidade Aguadinha e um posto de combustível localizado nas proximidades, evitando uma tragédia de proporções ainda maiores. Ao menos cinco viaturas foram acionadas para o combate, e uma retroescavadeira auxiliou nos trabalhos de contenção.
O aterro, desativado por decisão judicial após anos de uso como destino de entulho da capital, está situado às margens da BR-163. A Defesa Civil também atuou na área, orientando os moradores da ocupação Jardim Noroeste sobre medidas preventivas para evitar novos incidentes, buscando evitar uma repetição da tragédia ocorrida na ocupação Mandela em 2023.
Aceiro para Proteger Moradias
Na quinta-feira (31), a prefeitura iniciou a construção de um aceiro, removendo a vegetação em uma faixa do terreno para impedir que as chamas, caso retornem, atinjam as casas improvisadas da ocupação. Moradores relataram que o vento foi crucial para evitar que o fogo atingisse os barracos no dia anterior, feitos de materiais altamente inflamáveis como lona e madeira.
Reunião com a Comunidade
Uma reunião entre a Defesa Civil, o conselho de segurança comunitário e os moradores foi realizada para discutir o incêndio e estabelecer acordos para prevenir futuras ocorrências. A colaboração dos moradores na limpeza da área e no descarte adequado de materiais inflamáveis foi enfatizada.
A suspeita é que o incêndio tenha sido criminoso, iniciado por um indivíduo não identificado que ateou fogo no lixo. A rápida propagação das chamas, facilitada pela vegetação seca e pelos materiais descartados, demonstra a vulnerabilidade da área e a importância de medidas preventivas.