A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou um terremoto político e jurídico no Brasil, com reverberações até nos Estados Unidos. Fontes internas do STF revelam um crescente desconforto entre os ministros com a decisão de Moraes, considerada por alguns como um exagero, especialmente por se tratar de um ex-presidente sem condenação prévia.
Críticas Internas e Apelos Ignorados
Segundo informações, pelo menos quatro ministros do STF, incluindo aliados de Moraes, expressaram preocupação com a forma como a prisão foi decretada, sem aviso prévio aos demais integrantes da Corte e com base em argumentos considerados insuficientes diante da iminência de um julgamento por golpe de Estado. Os apelos para que Moraes reconsiderasse a decisão foram ignorados.
Relações Brasil-EUA Abaladas
A polêmica não se restringe ao cenário nacional. Christopher Landau, vice-secretário do Departamento de Estado dos EUA, acusou publicamente Alexandre de Moraes de "destruir" a relação entre os dois países. Landau argumenta que Moraes usurpou poderes ditatoriais ao ameaçar líderes dos outros poderes, sem citar diretamente Bolsonaro, mas referindo-se ao ministro do STF. A declaração gerou uma forte reação do Itamaraty, que convocou o encarregado de negócios dos EUA no Brasil para expressar "indignação".
O cenário político e jurídico se torna cada vez mais complexo, com acusações de abuso de poder e questionamentos sobre a imparcialidade da justiça. A prisão de Bolsonaro, as críticas internas no STF e as tensões diplomáticas com os EUA lançam uma sombra sobre o futuro político do Brasil.
Próximos Passos
Resta acompanhar os próximos desdobramentos dessa crise, que promete impactar não apenas a política interna brasileira, mas também as relações do país com importantes parceiros internacionais.