A Câmara dos Deputados viveu momentos de alta tensão nesta quarta-feira (6), com deputados da oposição ocupando o plenário em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A sessão convocada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), só conseguiu ser retomada após longas negociações.
Entenda o Motivo da Ocupação
A oposição alega perseguição política e questiona a legalidade da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro. O ex-presidente é réu em um processo por tentativa de golpe de Estado e pode enfrentar uma pena considerável.
A Reação de Hugo Motta
Diante da obstrução, Hugo Motta adotou uma postura firme, ameaçando suspender os mandatos dos deputados que persistissem em impedir o andamento dos trabalhos. Ele chegou a cogitar o uso da polícia legislativa para retirar os manifestantes do plenário.
- Ameaça de Suspensão: Motta advertiu que deputados seriam suspensos por até seis meses.
- Uso da Força: A possibilidade de acionar a polícia legislativa gerou ainda mais controvérsia.
A deputada Julia Zanatta (PL-SC), presente na ocupação, desafiou a ameaça, levando sua filha para o plenário em sinal de protesto. A situação demonstra a polarização política que tem marcado o cenário nacional.
A sessão, que inicialmente parecia inviável, foi retomada após intensas negociações. No entanto, a crise expôs as profundas divisões no Congresso e a dificuldade de encontrar um consenso em temas sensíveis.
O futuro da legislatura permanece incerto, com a oposição disposta a utilizar todos os recursos para defender o ex-presidente Bolsonaro e questionar as decisões do STF. Resta saber se o diálogo e a negociação prevalecerão ou se a tensão continuará a escalar.