A mais recente polêmica no cenário político brasileiro envolve o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO). Em uma coletiva de imprensa realizada no Senado, o deputado expressou seu “orgulho” das Forças Armadas em 1964, ano do golpe militar que instaurou uma ditadura de 21 anos no Brasil. Logo em seguida, fez um apelo para que as Forças Armadas se posicionem ao lado do povo brasileiro e da democracia.
Apelo às Forças Armadas
“Eu sou das Forças Armadas, me orgulhava das Forças Armadas, me orgulhei das Forças Armadas em 1964, embora ainda fosse menino. Hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro. Estejam ao lado da democracia”, declarou o deputado.
Repercussão e Contexto
A declaração ocorreu após a Polícia Federal realizar uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica. Chrisóstomo questionou o que querem fazer do Brasil, alegando que o comunismo estaria à porta. Sua fala gerou debates acalorados sobre o papel das Forças Armadas na atual conjuntura política.
- Ditadura Militar: O período ditatorial, que Chrisóstomo mencionou com orgulho, foi marcado pelo fechamento do Congresso Nacional em diversas ocasiões.
- Atos Institucionais: Atos como o AI-2 e AI-5 concederam amplos poderes ao Executivo, permitindo o recesso do Parlamento e a supressão de direitos.
- Fechamento do Congresso: Marechais como Castelo Branco, Costa e Silva e o General Ernesto Geisel decretaram o fechamento do Legislativo em diferentes momentos, justificando-o com a necessidade de conter elementos contrarrevolucionários e ideologias contrárias às tradições do país.
A fala do deputado reacende discussões sobre a memória do período ditatorial e a importância da defesa das instituições democráticas. O apelo às Forças Armadas ocorre em um momento de polarização política e acusações de perseguição contra figuras públicas.