Em um cenário global de crescente tensão, a Marinha dos Estados Unidos anunciou o envio do grupo de ataque do porta-aviões USS Nimitz para o Oriente Médio. A movimentação, que ocorre em meio a tensões entre Israel e Irã, foi confirmada por um oficial dos EUA à Fox News e é vista como uma demonstração de força simbólica.
O USS Nimitz, o mais antigo porta-aviões em serviço ativo da Marinha dos EUA, estava anteriormente no Mar da China Meridional. Sua chegada ao Oriente Médio ocorre em um momento delicado, com analistas apontando para a necessidade de monitoramento da situação e potencial dissuasão de conflitos.
Além do envio do USS Nimitz, a Marinha dos EUA enfrenta um período de transição em sua frota de porta-aviões. A desativação do USS Nimitz no próximo ano resultará em uma redução temporária de 11 para 10 porta-aviões por cerca de um ano. Esse período coincide com atrasos na entrega do novo porta-aviões USS John F. Kennedy (CVN-79), cuja entrega foi adiada de julho de 2025 para março de 2027.
De acordo com documentos orçamentários do Departamento de Defesa para o ano fiscal de 2026, o atraso na entrega do CVN-79 se deve à necessidade de concluir a certificação do Advanced Arresting Gear (AAG) e continuar o trabalho no Advanced Weapons Elevator (AWE). Ambos os sistemas foram incorporados aos porta-aviões da classe Ford.
A HII’s Newport News Shipbuilding, responsável pela construção dos novos porta-aviões, informou que está aplicando as lições aprendidas com a classe Ford nos novos navios. No entanto, a construção do John F. Kennedy (CVN 79) já estava bastante avançada quando muitas dessas lições foram percebidas, o que dificultou a implementação oportuna das melhorias. Em contraste, os porta-aviões Enterprise (CVN 80) e Doris Miller (CVN 81) puderam incorporar as lições aprendidas da classe Ford em um estágio inicial da construção.
Implicações para a Defesa Americana
A combinação do envio do USS Nimitz e os atrasos na entrega do novo porta-aviões levantam questões sobre a capacidade de projeção de poder da Marinha dos EUA em um momento de crescentes desafios geopolíticos. A redução temporária na frota de porta-aviões pode ter um impacto nas operações navais e na capacidade de resposta a crises em diversas regiões do mundo.
O Futuro da Frota de Porta-Aviões
A Marinha dos EUA está investindo em novas tecnologias e capacidades para sua frota de porta-aviões. Os porta-aviões da classe Ford, como o USS John F. Kennedy, incorporam sistemas avançados como o AAG e o AWE, que visam aumentar a eficiência e a capacidade de combate dos navios. No entanto, os atrasos na entrega desses novos navios representam um desafio para a modernização da frota e a manutenção da superioridade naval dos EUA.