Vince Gilligan, o gênio por trás de “Breaking Bad” e “Better Call Saul”, está de volta com uma proposta inovadora que subverte o gênero apocalíptico. Sua nova série, intitulada “Pluribus” (estilizado como ‘PLUR1BUS’), promete uma experiência única, combinando humor ácido, surrealismo existencial e elementos de ficção científica.
De Arquivo X ao Apocalipse Invertido
Embora muitos o conheçam por suas obras aclamadas no universo de “Breaking Bad”, Gilligan iniciou sua carreira como roteirista de “Arquivo X”. Em “Pluribus”, ele retorna às suas raízes na ficção científica, mas com uma abordagem completamente original. A série se passa em um cenário árido, reminiscente do Novo México, e conta com a presença de Rhea Seehorn, a inesquecível Kim Wexler de “Better Call Saul”, como protagonista.
A Trama Inovadora de Pluribus
A história começa com a detecção de um sinal de rádio vindo do espaço, que, ao ser decodificado, revela uma sequência genética misteriosa. Cientistas conseguem reproduzir o RNA e testá-lo em ratos, mas sem resultados aparentes. Até que um dos roedores morde uma pesquisadora, desencadeando uma contaminação global. Mas aqui é que a série surpreende: em vez de transformar as pessoas em zumbis ou promover uma invasão alienígena, a contaminação transforma o planeta em um moderno Jardim do Éden, onde o bem-estar coletivo é a lei e todos são felizes – exceto um grupo de 12 indivíduos.
Uma Sátira do Politicamente Correto?
Embora seja cedo para conclusões definitivas, “Pluribus” parece apontar para uma sátira do politicamente correto, com uma dose de ambiguidade moral e referências bíblicas. Gilligan explora a ideia de uma felicidade constante e forçada, questionando se a busca incessante por esse estado ideal não pode levar a transtornos psicológicos. A personagem de Carol Sturka, interpretada por Rhea Seehorn, é um exemplo dessa complexidade, uma mulher rabugenta que não se encaixa na felicidade coletiva imposta.
O Que Esperar dos Próximos Episódios?
A série continua a explorar o comportamento da consciência coletiva, com Carol tentando resgatar outros indivíduos da influência da mente colmeia. Resta saber se essa utopia forçada realmente representa a felicidade ou se esconde uma distopia disfarçada. “Pluribus” promete ser uma reflexão provocadora sobre a natureza humana e a busca pela felicidade.