A NASA está intensificando seus esforços na defesa planetária, adicionando o misterioso objeto interestelar 3I/ATLAS à sua lista de monitoramento. Classificado inicialmente como um cometa, o 3I/ATLAS agora é o primeiro objeto interestelar a figurar na lista de vigilância de um grupo endossado pelas Nações Unidas, dedicado a proteger a Terra de objetos próximos.
O que torna o 3I/ATLAS tão especial?
Este cometa interestelar, descoberto pelo telescópio Atlas, está chamando a atenção dos cientistas por várias razões. Primeiramente, ele se junta a uma lista exclusiva de apenas três corpos celestes interestelares já observados “de passagem” pelo nosso sistema solar, precedido por ''Oumuamua (2017) e 2I/Borisov (2019). Além disso, o 3I/ATLAS apresenta um comportamento incomum, incluindo um "anti-rastro" – um jato de partículas que se direciona em direção ao Sol, contrariando o comportamento típico dos cometas.
Exercício Global de Rastreamento
Para aprimorar a capacidade de rastreamento e previsão de objetos espaciais, a Rede Internacional de Aviso de Asteroides (IAWN) planeja um exercício especial de treinamento entre 27 de novembro de 2025 e 27 de janeiro de 2026. Telescópios e sistemas de rastreamento ao redor do mundo estarão focados no 3I/ATLAS, buscando refinar os métodos para determinar sua localização exata no céu.
As dimensões estimadas do 3I/Atlas variam entre 440 metros e 5,6 quilômetros de diâmetro. Uma característica crucial é a sua composição rica em água, o que o diferencia de seus antecessores e oferece uma oportunidade valiosa para o estudo da atividade de cometas interestelares e de outras galáxias.
“Cada cometa interestelar até agora tem sido uma surpresa”, afirma Zexi Xing, pesquisador da Universidade de Auburn. “'Oumuamua estava seco, Borisov era rico em monóxido de carbono, e agora o 3I/Atlas está ‘jorrando’ água a uma distância que não esperávamos. Cada um está reescrevendo o que pensávamos saber sobre como os planetas e cometas se formam em torno de outras estrelas.”
A inclusão do 3I/ATLAS na lista de vigilância e o subsequente exercício de rastreamento demonstram a crescente importância da defesa planetária e a contínua busca por conhecimento sobre os objetos que vagam pelo nosso sistema solar e além.