Duas sondas espaciais em órbita de Marte capturaram imagens impressionantes do cometa interestelar 3I/ATLAS, proporcionando a visão mais detalhada já registrada pela Agência Espacial Europeia (ESA) desse objeto fascinante vindo de fora do nosso Sistema Solar.
Descoberta e Trajetória do Cometa 3I/ATLAS
O cometa 3I/ATLAS foi descoberto em julho por um telescópio do projeto ATLAS no Chile. Em 3 de outubro, ele passou a cerca de 30 milhões de quilômetros de Marte, uma distância considerável em termos astronômicos, mas ainda assim próxima o suficiente para permitir observações detalhadas.
As Imagens Capturadas Pelas Sondas
As sondas ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO) e Mars Express, que normalmente monitoram a superfície marciana, foram redirecionadas para rastrear o cometa em movimento. As imagens revelam o núcleo rochoso e gelado do 3I/ATLAS envolto em uma nuvem brilhante de gás e poeira, conhecida como coma.
Nick Thomas, pesquisador da câmera CaSSIS do TGO, descreveu o desafio de capturar as imagens, explicando que o cometa era extremamente fraco, cerca de 10.000 a 100.000 vezes menos brilhante do que os alvos habituais da câmera. Ele comparou a dificuldade de observar o 3I/ATLAS a tentar ver um telefone celular na Lua a partir da Terra.
O Mistério do Cometa do Século
Inicialmente, o cometa 3I/Atlas, ou C/2019 Y4 (ATLAS), prometia ser um espetáculo astronômico sem precedentes, com potencial para se tornar visível a olho nu. No entanto, o cometa sofreu uma desintegração inesperada, surpreendendo os astrônomos e gerando diversas teorias sobre sua composição e comportamento.
Apesar da desintegração, o estudo do cometa 3I/ATLAS forneceu informações valiosas sobre a natureza dos corpos celestes que viajam pelo nosso Sistema Solar, demonstrando a importância da observação astronômica para a compreensão do universo.