A Praia de Ponta Negra, um dos cartões postais do Rio Grande do Norte, voltou a ser palco de discussões acaloradas. Desta vez, não foram as fortes chuvas as responsáveis pelas inundações, mas sim a superlua da última segunda-feira, que provocou uma maré alta incomum e alagou a orla.
Críticas à Obra da Engorda
A obra da Engorda de Ponta Negra, que consumiu mais de R$ 100 milhões, foi alvo de críticas da deputada federal Natália Bonavides (PT), que classificou a situação como um "crime ambiental sem precedentes". Em suas redes sociais, a deputada questionou a qualidade da obra, afirmando que a maré "levou boa parte da engorda mal feita".
A oposição alega que a obra, além de ineficaz, causou danos ambientais significativos e que o dinheiro público foi mal investido. As imagens da orla alagada viralizaram nas redes sociais, reacendendo o debate sobre a necessidade e os impactos da Engorda de Ponta Negra.
Defesa da Secretaria de Urbanismo
Em contrapartida, o secretário Thiago Mesquita (Semurb) minimizou os impactos da maré alta, argumentando que a situação seria ainda pior sem a existência da Engorda. Segundo o secretário, a obra serviu como uma barreira de proteção, evitando que a maré atingisse o calçadão e as barracas.
Mesquita também explicou que o avanço da maré é um fenômeno natural e que continuará ocorrendo mesmo após a conclusão da obra. "Esse comportamento é resultado de fenômenos naturais e é normal em qualquer praia", afirmou o secretário.
O Futuro de Ponta Negra
Apesar das explicações da Semurb, a polêmica em torno da Engorda de Ponta Negra persiste. A população local e os turistas questionam a eficácia da obra e seus impactos no meio ambiente. O debate sobre o futuro da praia e a necessidade de soluções sustentáveis para proteger a orla continua em aberto.
Resta saber se as autoridades irão reavaliar o projeto da Engorda ou se a praia de Ponta Negra continuará a enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelas forças da natureza.