A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) teve um momento de grande tensão. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), decretou a prisão do economista Rubens Oliveira Costa, identificado como um dos intermediários de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
A decisão foi tomada após o senador Viana acusar Rubens Oliveira Costa de falso testemunho. Segundo o senador, o economista apresentou diversas contradições, mentiras e ocultação de documentos durante seu depoimento à CPMI.
"Por isso, essa presidência encaminhará imediatamente o pedido de prisão e as representações criminais cabíveis contra a testemunha. Está registrado em ata o comportamento do depoente nesta CPMI. Diante das mentiras constatadas, das contradições flagrantes, da ocultação de documentos, está caracterizado o crime de falso testemunho", declarou Viana.
O senador foi enfático: "Na condição de presidente desta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, diante do flagrante delito, eu dou voz de prisão ao depoente pelo crime de falso testemunho contra esta CPMI".
Após a ordem de prisão, o senador Viana determinou que a Polícia Legislativa do Congresso Nacional realizasse a condução de Rubens Oliveira Costa e que a autoridade judicial fosse notificada sobre a ocorrência. Anteriormente, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), já havia solicitado a prisão de Rubens, apresentando evidências de sua participação em empresas ligadas ao “Careca do INSS”.
O deputado Gaspar reforçou a gravidade da situação: "Este cidadão participou de crimes gravíssimos contra aposentados e pensionistas, continua na impunidade, continua praticando crimes e se encontrando com outros investigados (...) para evitar a fuga e a prática de novos crimes e pelo flagrante do crime de ocultação documental diante de uma investigação em curso, peço a decretação da prisão".