Silas Malafaia Busca Investigação no STF Após Operação da Polícia Federal
O pastor Silas Malafaia, líder da igreja evangélica Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), elevou a tensão com as autoridades ao solicitar formalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito. O objetivo? Investigar o alegado vazamento de informações sigilosas que culminaram na operação de busca e apreensão realizada contra ele no mês passado.
A defesa de Malafaia argumenta que a presença massiva da imprensa no Aeroporto do Galeão, durante sua chegada de Portugal, demonstra claramente que houve vazamento prévio e intencional de informações confidenciais sobre a operação. Segundo os advogados, detalhes como os envolvidos, o local, a data, o horário e a natureza das diligências foram previamente divulgados.
Acusações de Prevaricação e Pedido de Investigação
A defesa do pastor acusa diretamente os policiais federais envolvidos na ação de prevaricação, alegando que eles permitiram e toleraram a presença ostensiva da imprensa no local. Malafaia exige agora uma investigação completa para apurar o vazamento das informações sigilosas e a possível prática dos crimes de violação de sigilo legal e prevaricação por parte dos agentes da Polícia Federal.
“O presidente do STF vai encaminhar esse pedido para o Alexandre de Moraes. Ele vai sentar em cima ou vai encaminhar para o procurador-geral da República investigar? Vai quebrar o sigilo funcional de delegado e agentes que vazaram minhas conversas sigilosas?”, questionou Malafaia, demonstrando sua insatisfação com o caso.
Malafaia Admite Uso de Cadernos Apreendidos Para Preparo de Vídeos
Em um desenvolvimento recente, Malafaia admitiu que os cadernos apreendidos pela Polícia Federal eram utilizados para o preparo de seus vídeos e discursos. Inicialmente, o pastor alegava que os cadernos continham apenas anotações para estudos bíblicos. Essa mudança na narrativa ocorreu durante um discurso em uma manifestação, onde Malafaia detalhou a operação de busca e apreensão, admitindo que um dos cadernos continha esboços de seus discursos e vídeos.
A admissão de Malafaia coincide com as investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de obstrução do julgamento de Jair Bolsonaro. O caso continua a gerar debates e questionamentos sobre a conduta das autoridades e a liberdade de expressão religiosa no Brasil.