O Pix, sistema de pagamentos instantâneo que conquistou os brasileiros, está sob ataque. Criminosos têm explorado vulnerabilidades, principalmente em empresas de tecnologia que conectam instituições menores ao sistema do Banco Central (BC). Nos últimos meses, o prejuízo para bancos e fintechs já ultrapassa R$ 1,5 bilhão.
Como os Hackers Agem?
Os ataques se concentram em falhas de segurança nas prestadoras de serviço de tecnologia (PSTIs). Estas empresas servem como intermediárias entre as instituições financeiras menores e o sistema do BC. Os hackers invadem esses sistemas e realizam transferências via Pix ou TED para contas de laranjas. Em muitos casos, o dinheiro roubado é usado para a compra de criptoativos, dificultando o rastreamento.
Medidas do Banco Central
Em resposta, o BC tem endurecido as regras. Limitou transações para fintechs sem autorização e antecipou prazos de licenciamento. Além disso, aumentará a fiscalização sobre as PSTIs. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, garantiu que o sistema central do Pix permanece seguro, e que as falhas estão no "entorno".
- Limite de R$ 15 mil por transação para algumas fintechs.
- Antecipação do prazo para solicitação de licença para instituições de pagamento.
- Aumento da fiscalização sobre as prestadoras de serviço de tecnologia.
Falta de Fiscalização?
Auditores do Banco Central apontam que a falta de pessoal é uma das brechas na segurança do sistema. A equipe responsável pela segurança do Pix é pequena para garantir a integridade dos 919 participantes do sistema. O BC mantém apenas 9 servidores na segurança do Pix.
Apesar dos ataques, o Pix continua sendo uma ferramenta essencial para a economia brasileira. O desafio agora é reforçar a segurança e garantir a proteção dos usuários.