Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal (RF) deflagrada no Paraná expôs um esquema bilionário de crime organizado no mercado de combustíveis, com ramificações que alcançam postos de gasolina, distribuidoras e até fintechs. A Operação Carbono Oculto revelou a complexidade e o alcance das atividades ilícitas, que envolvem lavagem de dinheiro, contrabando de produtos químicos e sonegação fiscal.
As investigações, que se iniciaram em 2023, ganharam força após a identificação de um homem condenado por tráfico internacional e sua esposa ostentando bens de luxo, levantando suspeitas sobre a origem dos recursos. A PF estima que o grupo criminoso lavou pelo menos R$ 600 milhões, movimentando mais de R$ 23 bilhões através de uma extensa rede de empresas.
Lista de Postos Investigados em Curitiba e Região
A RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, obteve acesso exclusivo à lista dos 46 postos de combustível de Curitiba e Região Metropolitana que foram alvos da operação. Os estabelecimentos são investigados por suspeitas de adulteração na qualidade dos combustíveis e/ou na quantidade indicada nas bombas.
Em resposta à operação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pautou para votação o projeto de lei que tipifica devedores contumazes de impostos, visando punir quem descumpre reiteradamente obrigações tributárias. A Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, destacou a importância do projeto para combater o crime organizado e seus esquemas financeiros.
O Que Esperar da Votação no Senado?
O projeto de lei busca criar critérios objetivos para diferenciar o devedor contumaz do inadimplente comum, evitando que empresas com dificuldades pontuais sejam enquadradas indevidamente. A aprovação do projeto é vista como um passo crucial para fortalecer o combate à sonegação fiscal e à lavagem de dinheiro no país.
- Operação da PF mira esquema bilionário em combustíveis.
- 46 postos em Curitiba e região são investigados.
- Senado vota projeto para punir devedores contumazes.