A Bolívia enfrenta um momento crucial neste domingo (17), com eleições gerais marcadas por uma inflação alarmante, a mais alta em 40 anos. A ausência de Evo Morales, impedido de concorrer, adiciona um tempero extra à disputa.
Oposição em Ascensão?
Nomes como Samuel Doria Medina, magnata dos negócios, e Jorge "Tuto" Quiroga, ex-presidente, lideram as pesquisas, mas nenhum ultrapassa os 30% de intenção de votos. Uma grande parcela do eleitorado permanece indecisa, cerca de 25%.
Pela primeira vez em quase duas décadas, o Movimento para o Socialismo (MAS) pode perder a eleição. O apoio aos candidatos ligados ao MAS e outras opções de esquerda soma aproximadamente 10%, segundo a pesquisa Ipsos CEISMORI de agosto.
Segundo Turno à Vista?
Caso nenhum candidato alcance mais de 40% dos votos, com uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado, a eleição será decidida em um segundo turno, agendado para 19 de outubro.
Desafios Econômicos e Políticos
O próximo presidente enfrentará uma economia em crise, com desabastecimento, escassez de dólares e o avanço do narcotráfico. A dependência de um modelo extrativista, herdado da Colônia, continua sendo um obstáculo para o desenvolvimento sustentável do país.
- Horário de Votação: As urnas abrem às 8h (horário local) e fecham às 16h.
- Resultados: Os primeiros resultados parciais devem ser divulgados no fim da noite, mas os resultados oficiais completos levarão até sete dias.
- Outros Cargos: Além do presidente, os eleitores também escolherão senadores e deputados. A posse dos eleitos está marcada para 8 de novembro.
O futuro da Bolívia está nas mãos dos eleitores. Resta saber qual caminho o país escolherá neste momento decisivo.