O Brasil sedia a 17ª Cúpula do Brics no Rio de Janeiro, reunindo líderes de algumas das maiores economias emergentes do mundo. O presidente Lula recebeu o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, marcando o início de discussões cruciais sobre comércio, segurança e desenvolvimento global.
Acordos e Tensões no Brics
Os países do Brics superaram impasses, alcançando consenso sobre a condenação de ataques militares, a reforma da ONU e o protecionismo comercial. Uma declaração final expressa “sérias preocupações” com a escalada protecionista e medidas unilaterais de comércio, numa referência clara à guerra tarifária iniciada pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump.
Críticas ao Protecionismo
A declaração do Brics critica o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da OMC. Embora não haja menção direta aos EUA, fontes envolvidas nas negociações confirmam que Trump foi o principal alvo das críticas.
Brics 'Antiocidente'?
A cúpula acontece em meio a alegações de que o Brics é um bloco “antiocidental”, devido à presença de países como Rússia, China e Irã. Especialistas apontam que essa percepção é reforçada pela inclusão de adversários políticos dos Estados Unidos no grupo.
Impacto da Legislação Ambiental da UE
O Brics também demonstra preocupação com o protecionismo “sob o pretexto de motivos ambientais”, em referência à Lei Antidesmatamento da UE, que pode afetar produtos do agronegócio brasileiro e de outros países membros.
O Futuro do Brics
A cúpula no Rio de Janeiro busca fortalecer a cooperação entre os membros do Brics e reafirmar o compromisso com um sistema multilateral de comércio justo e equitativo. Os próximos dias serão decisivos para definir o papel do Brics no cenário global e sua capacidade de influenciar as políticas internacionais.